Segundo informações do Portal da saúde, o centro cirúrgico do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), unidade do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, começará a utilizar uma impressora 3D que gera moldes e guias para a implantação mais precisa de próteses e a substituição de membros amputados. Os primeiros beneficiados são os pacientes com artroses de ombro do instituto, referência no Sistema Único de Saúde (SUS) que, no ano passado, realizou 9.159 cirurgias de todas as especialidades.
Além de todos os benefícios, ao tornar mais precisas e ágeis as cirurgias, o Into prevê a redução mais rápida da espera cirúrgica. Esta tecnologia passa a substituir o olho humano na implantação de próteses que exigem precisão milimétrica.
“A precisão desta cirurgia faz com que seja mais rápida, menos agressiva para o paciente e tenha os melhores resultados para a sua recuperação. Esta é uma grande evolução porque, pelo desgaste dos ossos, esses pacientes são submetidos normalmente na mesma cirurgia a um transplante ósseo . Ou seja, agora calculamos milimetricamente os blocos de ossos necessários, além do tamanho da prótese sintética”, ressalta Geraldo Motta, cirurgião-chefe do Into.
O equipamento que permite essa evolução foi doado ao Into por um profissional ligado à Nasa, agência espacial dos Estados Unidos. No caso das cirurgias de artrose – degeneração das articulações surgidas especialmente com o envelhecimento da população –, a impressora em 3D gera ‘guias cirúrgicos’ em material plástico que possibilitam a implantação dos parafusos no tamanho e na precisa localização para segurar as próteses no corpo. Nos casos de amputações, são gerados membros inteiros a serem implantados.
No procedimento habitual, em todo o mundo, o cirurgião perde muito tempo procurando o melhor ponto de inserção e fixação das próteses, além de correr o risco de atingir estruturas como nervos e grandes vasos sanguíneos.
Um dos grandes benefícios desse método revolucionário ser, sem dúvidas, a redução do tempo de espera. A fila do Into é dinâmica, na qual todos os dias ingressam novos pacientes via sistemas estadual (SER) e municipal de regulação (Sisreg), além da Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade (CNRAC). Ainda assim, em cinco anos, o instituto ampliou a sede e reduziu a fila cirúrgica de 22 mil para 11.123 cirurgias em espera (dado de 15/08). No 1º semestre deste ano, realizou 4.323 cirurgias. No período, foram 108.389 consultas ambulatoriais.
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